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Irmã Feia
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Thomas Langley

Artista plástico britânico residente em Almada há 4 anos, considera ser um privilégio ter uma vista deslumbrante a partir do estúdio que tem na Galeria Irmã Feia. Cacilhas fica perto de Lisboa e da praia porque pratica surf, e ainda mantém as mercearias de bairro que gosta de frequentar. Apesar de não falar português, sente que os locais são muito pacientes e mais simpáticos que a experiência que teve em Lisboa. Cacilhas tem um magnetismo que fixa as pessoas. Gostava de fazer de Portugal, a sua casa para sempre.

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Tiago Duarte

Cresceu em Almada, passou metade da sua vida emigrado, regressou em Março de 2020. Com David Rato abriram em Cacilhas ao público em 2022, a “Irmã Feia”, espaço de divulgação da arte contemporânea, pretendendo seja uma catapulta para mudar o estigma da margem sul, onde os artistas locais possam expor e onde é possível, discutir temas importantes para a comunidade, obtendo-se soluções participativas.

Organizou em 1998 no Ponto de Encontro como contra-exposição à Expo98 de Lisboa, a Feira Hard-Core, ocupando e intervindo artisticamente numa fábrica em Cacilhas, com artistas franceses que o levaram para o seu país.

Manuel Antunes (Manelito)

Vendedor de rua, nasceu na Quinta da Alegria mas viveu sempre em Cacilhas, que considera a sua terra.

A sua infância foi bastante pobre pelo que frequentando escolas (António da Costa, Emídio Navarro) onde os alunos eram obrigados a usar sapatos, calçava-os sem sola, julgando-o deficiente motor porque arrastava os pés, para não verem que não tinha sola. Não completou o Curso Geral de Eletricidade.

Foi um jovem muito irrequieto que saltava para o cacilheiro e não pagava bilhete. Na altura, os miúdos nadavam todos nus na praia do Ginjal, e um dia um guarda fiscal para o castigar, apreendeu-lhe a roupa e teve de voltar despido para casa.

Não completou o Curso Geral de Eletricidade. Fez a tropa nos Comandos e viveu o 25 de Novembro de 1975 (movimentação militar conduzida por partes das Forças Armadas Portuguesas, cujo resultado levou ao fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC).

Em Cacilhas, frequentou bailes, praticou natação e desporto e foi treinador em diversas associações, onde foi e é associado, sendo actualmente dirigente associativo de do Clube Recreativo União Raposense, na Caparica.

Teve vários empregos: em empresas locais em Almada, Arsenal do Alfeite, Lisnave, H. Parry & Son, CUF, Siderurgia Nacional, vendedor na rua, pescador, fabricante de formas em folha de metal para pastelaria com as suas irmãs, e é presentemente, feirante (como praticamente todos os seus familiares), percorrendo o país.

Antigamente, Cacilhas tinha muito movimento, brincava-se na rua, vendiam-se copos de camarão, e as pessoas conviviam mais, julgando no entanto, que as obras de requalificação desenvolveram o local de forma positiva. “Cacilhas era muito diferente, deve é continuar a olhar o mar”

Laura Penez

Francesa, ilustradora e designer gráfica. Numa estadia de uns dias em Portugal descobriu Cacilhas, para si um lugar mágico com luz especial, junto ao Tejo, repleto de histórias e tradições, inspirador, onde encontrou pescadores, uma mulher pescadora maravilhosa e muitas personagens da história local. Onde o pôr do sol é tranquilizador. A paisagem, o rio Tejo, a luz, as histórias e suas gentes incentivaram a sua criatividade, guiando as suas mãos a desenhar, e espicaçou sua curiosidade em descobrir este lugar único, onde quis pertencer. Foi artista residente do Arroz Estúdios, com outros artistas de várias áreas e nacionalidades, e junto ao rio Tejo, no Ginjal com amigas, editou um livro com desenhos, ilustrações, textos e pesquisas de Cacilhas denominado por “Do outro lado do Rio”. Considera que no conjunto de edifícios abandonados no Ginjal, deveriam criar-se colectivos, associações para artistas locais e outros, para que a magia não acabe.

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