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Posto de Turismo de Cacilhas – Largo dos Bombeiros Voluntários – Francisco Silva
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Francisco Silva

Nasceu em Almada, investigador do Centro de Arqueologia da cidade. Cacilhas é relevante historicamente desde a Pré-História, apresentando vestígios de forte presença do Antigo Império Romano (tanques para salga), e de uma gafaria(leprosos) e casa dos palmeiros(romeiros) da Idade Média.

Vítima do terramoto de 1755, foi destruída mas reergueu-se, dizendo o povo ser o milagre de Nossa Senhora do Bom Sucesso, e floresceu. Foi protagonista da Revolução Industrial dada a forte presença inglesa, zona fabril no séc. XVIII, onde se desenvolveu o associativismo a partir da massa operária, e tornou-se local turístico no séc XIX, frequentado por burgueses e nobres de Lisboa.

Cacilhas desenvolveu-se económica e demograficamente a partir do rio Tejo, pela sua enorme riqueza piscatória, permitindo a atracagem de navios, existindo registos de descoberta de ouro, renascendo após as crises económicas e mudanças politicas e na indústria do Séc XX, renascendo como destino turístico de gastronomia à beira Tejo.

Manuel Antunes (Manelito)

Vendedor de rua, nasceu na Quinta da Alegria mas viveu sempre em Cacilhas, que considera a sua terra.

A sua infância foi bastante pobre pelo que frequentando escolas (António da Costa, Emídio Navarro) onde os alunos eram obrigados a usar sapatos, calçava-os sem sola, julgando-o deficiente motor porque arrastava os pés, para não verem que não tinha sola. Não completou o Curso Geral de Eletricidade.

Foi um jovem muito irrequieto que saltava para o cacilheiro e não pagava bilhete. Na altura, os miúdos nadavam todos nus na praia do Ginjal, e um dia um guarda fiscal para o castigar, apreendeu-lhe a roupa e teve de voltar despido para casa.

Não completou o Curso Geral de Eletricidade. Fez a tropa nos Comandos e viveu o 25 de Novembro de 1975 (movimentação militar conduzida por partes das Forças Armadas Portuguesas, cujo resultado levou ao fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC).

Em Cacilhas, frequentou bailes, praticou natação e desporto e foi treinador em diversas associações, onde foi e é associado, sendo actualmente dirigente associativo de do Clube Recreativo União Raposense, na Caparica.

Teve vários empregos: em empresas locais em Almada, Arsenal do Alfeite, Lisnave, H. Parry & Son, CUF, Siderurgia Nacional, vendedor na rua, pescador, fabricante de formas em folha de metal para pastelaria com as suas irmãs, e é presentemente, feirante (como praticamente todos os seus familiares), percorrendo o país.

Antigamente, Cacilhas tinha muito movimento, brincava-se na rua, vendiam-se copos de camarão, e as pessoas conviviam mais, julgando no entanto, que as obras de requalificação desenvolveram o local de forma positiva. “Cacilhas era muito diferente, deve é continuar a olhar o mar”

Laura Penez

Francesa, ilustradora e designer gráfica. Numa estadia de uns dias em Portugal descobriu Cacilhas, para si um lugar mágico com luz especial, junto ao Tejo, repleto de histórias e tradições, inspirador, onde encontrou pescadores, uma mulher pescadora maravilhosa e muitas personagens da história local. Onde o pôr do sol é tranquilizador. A paisagem, o rio Tejo, a luz, as histórias e suas gentes incentivaram a sua criatividade, guiando as suas mãos a desenhar, e espicaçou sua curiosidade em descobrir este lugar único, onde quis pertencer. Foi artista residente do Arroz Estúdios, com outros artistas de várias áreas e nacionalidades, e junto ao rio Tejo, no Ginjal com amigas, editou um livro com desenhos, ilustrações, textos e pesquisas de Cacilhas denominado por “Do outro lado do Rio”. Considera que no conjunto de edifícios abandonados no Ginjal, deveriam criar-se colectivos, associações para artistas locais e outros, para que a magia não acabe.

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